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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Modelos ‘plus size’ entram na disputa das mais sexy do mundo

Carla Manso e Andrea Boschim estão na briga para ser a ‘mais sexy do facebook da VIP’.

Felipe Abílio do EGO, em São Paulo

Carla Manso e Andrea Bosquim (Foto: Divulgação)
Carla Manso e Andrea Boschim na disputa para as 'mais sexy do mundo' (Foto: Divulgação)

Quem disse que só mulher magrela pode entrar na disputa pelo posto de "mais sexy" no concurso anual da revista "Vip"?  Modelo ‘plus size’ há 10 anos, Andrea Boschim, 31,  se surpreendeu ao perceber que nenhuma gordinha estava participando do concurso e tratou de se inscrever - depois disso, mais de 14 meninas ‘plus’ tomaram coragem e também entraram para a disputa.

Making Of - Andrea Boschim e Carla Manso (Foto: Alessandra Gerzoschkowitz / Divulgação)
Andrea Boschim mostra looks fashion
(Foto: Alessandra Gerzoschkowitz / Divulgação)
“Entrei no domingo e no final do dia já tinha umas 15 meninas ‘plus’ participando... É legal saber que a minha coragem incentivou outras meninas”, conta ela. “Eu brinco dizendo que gosto de quebrar padrões. No concurso da 'Vip', vi que eram só modelos magras na eleição das mais sexy da revista, temos apenas uma representante plus size que é a Adele, que eu nem sei se está na lista oficial... Não representa a realidade do Brasil”, disse ela, se referindo à cantora inglesa.
Carla Manso, de 25 anos, também se sente tão sexy quanto qualquer menina magérrima e se inscreveu no concurso. "Se é uma sensualidade que não é vulgar e vai ajudar a alavancar a autoestima da mulher real que está em casa e não sabe que é sexy, se vai ajudar ela a descobrir que ela também pode ser, eu acho que o ensaio é super válido”.

Briga com a balança
Making Of - Andrea Boschim e Carla Manso (Foto: Alessandra Gerzoschkowitz / Divulgação)
Carla Manso não tem mais problema com seu peso
(Foto: Alessandra Gerzoschkowitz / Divulgação)

Se hoje Carla está satisfeita com suas medidas, 90 quilos distribuídos em 1,70 de altura, a vida nem sempre foi fácil para ela. Lutando com a balança desde cedo, a modelo conta que já fez de tudo para eliminar os quilinhos que, antes, eram demais.

“Durante toda a minha adolescência eu sofria por causa do peso, achando que se eu não fosse gostosa os rapazes não iriam me querer e eu não seria feliz. Tomei medicação, fui para spa, fazia mil dietas, mas sempre voltava a engordar porque eu gosto de comer”, conta ela, que resolveu passar gostar de si mesma. “Hoje sou a pessoa mais feliz do mundo, comendo o que eu quero e sendo saudável”.
Andrea também não era satisfeita com seu corpo na adolescência, e um menino fez com que ela perdesse muito peso na época do colégio. “Na adolescência eu quis muito emagrecer, na formatura do colegial eu cheguei a pesar 60 quilos, mas a minha motivação para perder peso era ficar com um garoto”, contou ela, que hoje pesa 92 quilos, com 1,70 de altura.

Começo da Carreira
Making Of - Andrea Boschim e Carla Manso (Foto: Alessandra Gerzoschkowitz / Divulgação)
Andrea e Carla: Lindas e na moda!
(Foto: Alessandra Gerzoschkowitz / Divulgação)
As coisas começaram a mudar quando Andrea  descobriu que era finalista de um concurso com meninas "plus size" sem ao menos ter se inscrito. “Uma amiga me inscreveu em um concurso virtual há dez anos sem eu saber. A dona do site me ligou quando estava entre as dez finalistas, fiquei superenvaidecida e acabei ganhando o 'Web GG Girl' em 2002. Comecei a trabalhar como modelo a partir daí."
Carla trabalhou durante cinco anos fazendo fotos e editoriais, mas só se descobriu bonita muito tempo depois.  "Por indicação de uma amiga, fiz um editorial há uns oito anos. Naquela época tinha escassez de modelo plus size, mas cada trabalho que surgia, eu achava que era o último, porque não me via como modelo. Passei a me achar bonita e encarar a carreira de modelo com seriedade de três anos pra cá, quando me aceitei gordinha."
Andrea contou ao EGO que o início da carreira foi complicado, mas hoje o tratamento é o mesmo para ambos estilos.  "No começo da minha carreira era muito complicado ter uma modelo gordinha no meio das meninas magras, então eu era sempre a última a ser maquiada, arrumada, tinham que perguntar para vários produtores se realmente eu estava participando do desfile... ”.

Comer bem, mas com consciência
Making Of - Andrea Boschim e Carla Manso (Foto: Alessandra Gerzoschkowitz / Divulgação)
Refeições balanceadas e na medida
(Foto: Alessandra Gerzoschkowitz / Divulgação)
E se para as modelos magras a dieta vem em primeiro lugar, as modelos plus size se gabam por poderem comer tudo que querem, mas também existem restrições.
“A gente tem que sempre ficar de olho na balança, não pode abrir mão das cintas para fazer os trabalhos, mas como a gente gosta de comer e comer bem, é difícil não dar uma oscilada no peso. Eu tento me manter no manequim 46, mas não dispenso um rodízio japonês, mexicano, churrascaria... Se dou uma extrapolada, tomo bastante água e isso me ajuda a comer menos”, revela Carla, que não abre mão da sobremesa.
Andreia se diz ‘sortuda’ por gostar de comer saladas e folhas, mas não resiste a uma boa batata.
“Eu não como muita besteira, mas eu adoro batata, qualquer tipo de batata”, contou rindo.
“Mas troco fácil um sanduiche, por uma salada. Como modelo, sou um referencial de manequim para algumas marcas, então não posso ter uma oscilação de peso, toda semana tenho que estar com as mesmas medidas. Minha refeição é farta, mas regrada”.
Se na balança e no prato as diferenças são gritantes entre as modelos magras e as plus size, Carla brinca dizendo que as gordinhas também são mais felizes.
“Quando as modelos magras estão com a gente nos trabalhos é nítida a diferença. As gordinhas estão sempre rindo mais, brincando mais, elas magrinhas estão sempre mais na delas, porque acho que falta um pouquinho de açúcar, né?”, disse Carla aos risos.

Agradecimento: Loja Milanina - Shopping D.
Making Of - Andrea Boschim e Carla Manso (Foto: Alessandra Gerzoschkowitz / Divulgação)
Andrea Boschim e Carla Manso (Foto: Alessandra Gerzoschkowitz )

 https://www.facebook.com/pages/Gorda-sim-feia-nunca/124092537682661

Fonte : Essa matéria foi retirada do site Globo.com

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Você sabe reconhecer os sintomas da depressão?

O corpo pede socorro de muitas formas, o sentimento de tristeza é só uma delas 

por Carolina Gonçalves

Mal compreendida e ainda cercada de preconceito, a depressão aflige muita gente que prefere guardar o silêncio quanto à doença em vez de dividir o problema com os amigos ou as pessoas próximas: dificuldades de relacionamento e baixa autoestima tornam cada dia um obstáculo duro de vencer. Sentir tudo isso na pele dói e, atualmente, mais de 17 milhões de brasileiros sofrem com os sintomas da depressão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde - no mundo, os números ultrapassam 120 milhões de diagnósticos.

A tristeza profunda é um dos sinais mais conhecidos da doença que, no entanto, provoca muitas outras complicações no corpo, algumas raramente associadas à depressão.  
 
1) A tristeza é sempre o primeiro sintoma de depressão?
 
     De acordo com o médico Ricardo Torresan, da Unesp, a depressão traz um conjunto de sintomas e a tristeza nem sempre faz parte deles, apesar de ser bastante comum. "Muitos pacientes não relatam a tristeza, mas a ausência total de sentimentos durante os episódios de depressão", afirma o especialista. A apatia é resultado da queda de serotonina e de noradrenalina na circulação. "Esses neurotransmissores são fundamentais para o sistema límbico, que é a área do cérebro responsável pelas emoções", afirma o psiquiatra Edson Hirata, do Hospital Santa Cruz. Essa falta comunicação pode afetar as emoções como um todo, não apenas os sentimentos positivos.
 
2) Pessoas depressivas tendem a ficar isoladas?
      Sim. O isolamento social é um sintoma típico da depressão e de outras doenças. "Apatia e falta de vontade para se relacionar podem ser um sintoma de hipotireoidismo, por exemplo", diz Ricardo Torresan.

3) Pessoas sensíveis são alvos mais fáceis de depressão?

Ser sensível não é fator de risco para a depressão. De acordo com os especialistas, existem muitas outras questões envolvidas, como predisposição genética ou excesso de estresse. Porém, a inversa é verdadeira: pacientes deprimidos queixam-se por se sentirem mais sensíveis aos acontecimentos e por chorarem à toa.


4) A depressão interfere na produtividade profissional?

       Sim. A depressão pode fazer com a pessoa fique mais apática, sem energia e com falta iniciativa para tarefas simples, que antes da doença ela fazia, muitas vezes com prazer. "Esse sentimento chama-se anedonia e é um dos principais sintomas da depressão", alerta o médico Ricardo Torresan. Se a doença chegar a níveis mais avançados, esse sintoma pode evoluir, fazendo com que a pessoa deixe de fazer qualquer tarefa.

5) Pensamentos negativos são um sintoma comum?
          Sim, qualquer pessoa torna-se pessimista ao ficar deprimida .
          Ricardo Torresan conta que é muito comum as pessoas com depressão relatarem que seus pensamentos são predominantemente negativos e pessimistas. Podem ser ideias de ruína (como se tudo na vida fosse dar errado); de desvalia (a pessoa se sente incapaz, inferior); de culpa (se sentir excessivamente responsável por tudo que não dá certo); e até ideias de morte e suicídio. De acordo com o especialista, pode acontecer de pessoas naturalmente inseguras ou negativas terem esses pensamentos com mais frequência durante um quadro de depressão. "Porém, até mesmo as pessoas mais positivas podem sofrer esse sintoma durante um episódio depressivo", conta Ricardo.

6) A depressão pode causar dores pelo corpo?
     Sim.  Dores em qualquer parte do corpo aparecem sem mais nem menos. "As dores são consequências das alterações cerebrais causadas pela depressão." O psiquiatra, além dos medicamentos antidepressivos, pode receitar analgésicos.

7) Depressão pode causar distúrbios do sono?

      A depressão é uma doença química, que afeta o trabalho dos neurotransmissores responsáveis pelo controle do sono. Algumas pessoas passam a dormir demais enquanto outras não conseguem pregar o olho de jeito nenhum.

8) Depressão tira o apetite?

     A lógica é a mesma dos distúrbios do sono: a depressão pode ou não afetar os neurotransmissores responsáveis pelo controle do apetite. "Por isso é muito comum algumas pessoas com depressão terem episódios em que comem excessivamente, enquanto outras passam longos períodos de jejum", conta o psiquiatra Edson Hirata.

9) Falta de memória pode ser sintoma de depressão?

     É muito comum encontrar pacientes com depressão queixarem-se de esquecimento e de dificuldade para se concentrar frente a um desafio intelectual. Tomar decisões também torna-se difícil, já que esses pacientes sofrem de insegurança e têm dificuldade de assumir riscos

10) A depressão é porta de entrada para outras doenças?

     Entre os problemas que podem ser desencadeados pela depressão estão a perda de libido, maiores riscos de AVC, doenças cardíacas como infarto e piora do diabetes. "Por exemplo, quem tem depressão tem risco 2 vezes maior de desenvolver doença coronariana, infarto do miocardio do que pessoas que nunca tiveram depressão", afirma Edson Hirata.

      Agora que você conhece um pouco sobre Depressão, se cuide e cuide das pessoas que você ama.